ARTE URBANA w5r6e

RMC 4f502p

MIS Campinas ganha novo mural na entrada da Sala Glauber Rocha 1h2k1j

Crédito Firmino Piton

Mural é da artista Mari Junqueira e retrata um cinema de rua da década de 30 e 40

O Museu da Imagem e do Som (MIS) de Campinas ganhou mais colorido com um novo mural entregue por meio do edital nº 002/2023 — Intervenções Artísticas de Arte Urbana, Grafite e Muralismo – Campinas Arte Urbana: Paisagens Artísticas no Ambiente Urbano —, uma parceria entre a Secretaria Municipal do Clima, Meio Ambiente e Sustentabilidade e a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo.

A intervenção artística “Cine Retrô MIS” foi realizada pela artista Mari Junqueira, que recriou a fachada de um antigo cinema de rua da década de 30 e 40, na entrada da Sala Glauber Rocha, usando referências lúdicas, históricas e cinematográficas. Além da fachada, a artista também recriou cartazes de filmes baseados em sucessos cinematográficos como Ainda Estou Aqui, Her e figuras importantes da arte brasileira, como um cartaz de show da Cássia Eller, Rita Lee, Pitty e o rosto de Glauber Rocha. As referências do cinema e das artes tem o objetivo de ser reconhecidas pelo publico logo a primeira vista e remeter a sala de cinema que ali está, segundo a artista.

No dia da entrega, em 5 de junho, estiveram presentes a secretária de Cultura e Turismo, Alexandra Caprioli; o secretário do Clima, Meio Ambiente e Sustentabilidade, Braz dos Santos Adegas Júnior, além das equipes técnicas de ambas as secretarias — como a coordenadora de editais da Secretaria de Cultura e Turismo, Sandra Peres, a coordenadora de Educação Ambiental, Vanessa Palma, o assessor da secretaria de Cultura e Turismo, Douglas Menezes, o diretor de Cultura, Gabriel Rai e o coordenador do Museu da Imagem e do Som, Mauro Guari.

Crédito: Firmino Piton

Sandra Peres, Braz dos Santos, Alexandra Caprioli, Mari Junqueira Gabriel Rai e Mauro Guari

Sandra Peres, Braz dos Santos, Alexandra Caprioli, Mari Junqueira, Gabriel Rai e Mauro Guari

 

“A gente ficou super feliz da Mari ter escolhido esse espaço. Primeiro que é um espaço muito ativo da cidade, onde os cine clubes se reúnem e a proposta dela remeteu mesmo a essa questão de um cinema antigo, dessas memórias assim da gente com o cinema, né? A gente tem aquela memória de visitar o cinema, de ter os cartazes e tudo, então ele ficou um espaço super acolhedor e ao ser requalificado também incentiva as pessoas a frequentarem”, Alexandra Caprioli agradece e pontua sobre a importância do mural.

Adegas Júnior também comentou sobre a parceria entre a Secretaria Municipal do Clima, Meio Ambiente e Sustentabilidade e a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, “O grafite no Palácio dos Azulejos mostra que preservar o planeta também é cuidar da nossa história. Cultura é ação climática.”.

Artista Mari Junqueira: Nascida em Poços de Caldas e radicada em Campinas, a artista transita entre o impressionismo, realismo e pop art, explorando o universo sensível e espiritual. Formada em Design de Moda pelo Istituto Europeo di Design, já realizou murais e exposições no Brasil e no exterior.

Siga Folha de Valinhos no  351y4c

COMPARTILHE NAS REDES 1k132j

Alternativa 4d2y4d

Artista Jerci Maccari conclui murais em escolas de Valinhos com participação ativa de alunos 3v4s5r

Escola do Parque Portugal

Projeto envolve estudantes no processo criativo e inclui ibilidade com placas em braile e audiodescrição, despertando o talento artístico dos jovens

Aprovado pela Lei Paulo Gustavo, Edital 002/2023 da Secretaria de Cultura de Valinhos, através do Ministério da Cultura, o projeto completo prevê a criação de murais em duas escolas públicas de bairros periféricos do município, tendo sido selecionadas a E.M.E.B. Professora Marli Aparecida Borelli Bazetto, no Parque Portugal, e a E.M.E.B Dona Carolina de Oliveira Sigrist, no bairro Capivari.

No Parque Portugal a obra foi concluída no final do mês de junho, com a participação dos 200 alunos da escola, matriculados nos 6º, 7º, 8º e 9º anos, turmas A e B de cada ano, que participaram ativamente de todo o processo: das oficinas e da construção do mural interno. Jerci também procurou se aperfeiçoar no atendimento aos alunos com deficiência, ando por um treinamento de ibilidade atitudinal e comunicacional com a especialista Daniella Forchetti”.

No Capivari escola E.M.E.B Dona Carolina de Oliveira Sigrist, o mural está sendo concluído, numa extensão de 100 m², com a participação dos alunos do 6º, 7º, 8º e 9º anos, que permanecem na escola em tempo integral.

Ao término dos murais, eles serão identificados com placas que contarão com inscrições em braile e a audiodescrição da pintura.

O artista Jerci Maccari deixa a sua marca em mais dois locais da cidade, projeto que envolveu jovens, que poderão descobrir seus talentos e quem sabe se tornarem grandes artistas. “Eu tenho grande prazer em fazer este tipo de trabalho, vejo o envolvimento, o entusiasmo dos alunos querendo aprender a mexer com as tintas e participar do projeto desde o início. Vê-lo concluído é uma honra, uma grande satisfação”.

Mural na escola do bairro Capivari

COMPARTILHE NAS REDES 1k132j

Alternativa 4d2y4d

Academia Brasileira de Letras inaugura mural de Machado de Assis 1y5n4a

Inauguração do Mural Machado de Assis, produzido pelo projeto Negro Muro, na sede da Academia Brasileira de Letras(ABL), no centro da cidade. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Projeto Negro Muro distribui 62 murais pela cidade do Rio de Janeiro

Mariana Tokarnia – Repórter da Agência Brasil

Um recorte da vida do escritor Machado de Assis a a fazer parte da fachada do edifício da Academia Brasileira de Letras (ABL), no centro da cidade do Rio de Janeiro. Estão representadas em um mural de 150 metros a casa onde o escritor morou, no Morro do Livramento, a Rua do Ouvidor, que lhe era tão querida, no centro da cidade, sua esposa, Carolina Augusta, a paixão pela música clássica, pela literatura e as reflexões sobre vida e morte.

À esquerda, marcando o início da leitura, a letra M ornamentada, como se via no início de livros antigos, que representa também o primeiro trabalho oficial do escritor, como tipógrafo.

O ponto central da obra está em outra paixão do escritor: o xadrez. Um xeque-mate nas discussões sobre a cor da pele do escritor. O Machado de Assis negro derrota na partida um Machado de Assis embranquecido, reafirmando que o primeiro presidente da ABL é um homem negro.

O mural, inaugurado nesta segunda-feira, dia 23, é parte do projeto Negro Muro, idealizado pelo produtor e pesquisador Pedro Rajão e pelo artista Fernando Cazé. Ao todo, são 62 murais pela cidade do Rio de Janeiro que mapeiam a memória negra por meio da arte urbana.

Rio de Janeiro (RJ), 23/09/2024 - Fernando Cazé e Pedro Rajão, idealizadores do projeto Negro Muro, na inauguração do Mural Machado de Assis, produzido pelo projeto Negro Muro, na sede da Academia Brasileira de Letras(ABL), no centro da cidade. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
O artista Fernando Cazé e o pesquisador Pedro Rajão, idealizadores do projeto que mapeia a memória negra na cidade do Rio – Tânia Rêgo/Agência Brasi 1f20s

Segundo Cazé, este mural tem um significado especial. “É dando fim à história de que Machado era branco. Então chega fessa ideia de que ali a gente tem um homem branco, né?. A gente costuma dizer que arte e educação antirracista trabalham juntos ali. A gente pesquisa o território e ergue monumentos negros de acordo com o seu território. Então, quando a gente traz o Machado de Assis, a gente não traz aqui à toa, traz porque ele foi o primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras. Um homem negro, do qual se discute até hoje a cor da pele. Então, a gente traz essa memória, fincando a ideia, as raízes de que aqui tivemos o primeiro presidente negro dentro da instituição.”

Rajão conta que procurou a ABL para realizar o trabalho e explica que projeto Muro Negro atua com a produção de murais, que, para ele, é a forma de arte mais democrática possível, está nas ruas, gratuita, à vista de quem por ali a. O projeto identifica importantes personalidades negras e as registra em territórios que fizeram parte da história e biografia de cada uma.

Chegar à ABL, para Rajão é “uma emoção muito grande. O Machado de Assis é uma das poucas unanimidades nacionais. Então, o projeto que está se debruçando a traçar essa cartografia é um nome meio óbvio. Mas a gente queria um lugar de impacto, um lugar que tivesse uma ressonância para ecoar ainda mais o Machado de Assis, que volta e meia está sendo redescoberto”.

Machado de Assis nasceu e viveu no Rio de Janeiro entre 1839 e 1908. É um dos autores brasileiros mais importante. A obra machadiana é composta por dez romances, 205 contos, dez peças teatrais, cinco coletâneas de poemas e sonetos, e mais de 600 crônicas. É autor de Memórias Póstumas de Brás Cuba, Quincas Borba, Dom Casmurro, Esaú e Jacó e Memorial de Aires. Foi um dos fundadores e o primeiro presidente da ABL.

Novas gerações

Rio de Janeiro (RJ), 23/09/2024 - Carolina Rocha, conhecida como Dandara Suburbana. militante antirracista e professora,  fala na inauguração do Mural Machado de Assis, produzido pelo projeto Negro Muro, na sede da Academia Brasileira de Letras(ABL), no centro da cidade. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
A professora Dandara Suburbana destaca importância histórica do mural em homenagem ao escritor Machado de Assis – Tânia Rêgo/Agência Brasil 1s3x1u

O lançamento do mural na ABL contou com apresentações e com mesa-redonda com pesquisadores. A professora e pesquisadora Dandara Suburbana foi uma das debatedoras. “Machado de Assis tem uma importância histórica, como grande fundador aqui da Academia Brasileira de Letras, como um homem negro, que traz uma literatura de excelência para o cenário nacional e internacional, um dos maiores escritores do mundo”, afirma.

“Hoje, quando a gente tem um feito como o Negro Muro fez aqui, como o artista Cazé elaborou, é também dar uma estética e trazer história, historicizar Machado de Assis e toda a sua contribuição. Dizendo que sim, pessoas negras escrevem, pessoas negras são intelectuais, pessoas negras têm contribuição para a Academia Brasileira de Letras, para o cenário nacional e internacional de saberes e conhecimentos”, enfatiza.

Dandara Suburbana defende ainda a formação de novos leitores e diz que os jovens, ao contrário do que se pensa, querem e gostam de ler. “Hoje a gente tem um senso comum, um jargão comum de que a juventude não quer ler, de que a juventude não se interessa por escrita, de que a juventude só quer ir para o TikTok, a juventude só quer saber de rede social e Twitter. Isso não é verdade. Inclusive, as redes sociais podem ser aliadas. Temos várias páginas que divulgam literatura negra, que estão falando desse legado, trazendo de maneira divertida, juntando mídias diversas, escrita com o vídeo, com o corpo, com a fala. Então, é possível, sim, a gente pensar em agregar.”

Rio de Janeiro (RJ), 23/09/2024 - Godofredo de Oliveira Neto, imortal da ABL, fala na inauguração do Mural Machado de Assis, produzido pelo projeto Negro Muro, na sede da Academia Brasileira de Letras(ABL), no centro da cidade. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Mural aproxima Academia Brasileira de Letras da nação brasileira, diz o escritor Godofredo de Oliveira Neto – Tânia Rêgo/Agência Brasil 355p1r

Presente na cerimônia, o escritor Godofredo de Oliveira Neto, membro da ABL, diz que o mural é uma forma de a ABL se aproximar da nação brasileira. “Machado é a alma da ABL. A gente existe por causa dele, graças a ele. Então, Machado é o resumo da cultura brasileira exitosa, na estética, no conteúdo, enfim, é o grande pensador. Não é só o grande literário, é um pensador. Então, nós temos a honra de estar aqui servindo o Machado.”

COMPARTILHE NAS REDES 1k132j